quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Equipe da EAD foi até fazenda divulgar TV digital - Histórias de Rio Verde


 

Dia de falar sobre TV digital e desligamento do sinal analógico a pessoas com deficiência e suas famílias

O dia hoje foi de muitas emoções. A Coordenação de Mobilização Local participou de uma jornada especial para o Dia das Crianças na Fazenda Talhado do Rio Doce, promovida por Alvanir Vilela Júnior, diretor do Sindicato Rural e coordenador de um grupo de ecoterapia de Rio Verde. O evento contou com cerca de 350 pessoas, entre pais e amigos de pessoas com deficiência integrantes de diferentes entidades de Rio Verde e região.

A festa do Dia das Crianças do Sindicato 
Rural recebeu estudantes e familiares.

A programação do evento incluiu trilhas pela fazenda, passeio de trator, distribuição de presentes e apresentação de danças.
Cadeirantes ganharam um passeio de trator pela Fazenda Talhado do Rio Doce.
Alegria, euforia e empolgação foram sentimentos
demonstrados por cadeirantes durante passeio.
Talento de grupo de balé emocionou e surpreendeu a quem o assistia.
O grupo passou a sensação de harmonia e total dedicação à dança.
Baile de música caipira também foi um dos pontos altos da festa.

Com vocês, a Sua Majestade, o Rei da Festa da
Primavera do Colégio Bom Pastor, e o Mascote Digital.

Digital foi, por um momento, a sensação da festa.








Conversamos com Tainara Rodrigues de Oliveira, de 20 anos. Ela já é digital e nos disse que adora TV, especialmente novelas, jornais, reality shows e programas de auditório, como o de Luciano Huck). Tainara nos contou em Libras (a mensagem nos foi traduzida pela psicopedagoga Márcia Bernardo, educadora do Bom Pastor, colégio onde Tainara estuda) que a TV é fundamental em seu cotidiano. "Não me imagino sem TV, impossível".

Tainara: "Não me imagino sem TV, impossível".
Na foto acima,  Tainara está acompanhada da psicopedagoga Márcia Bernardo.

Ao contrário de Tainara, que já é digital, Viviane Moreira, mãe do aluno Marcos de Almeida, de 12 anos, disse que ainda não conseguiu comprar um conversor nem trocar a TV, principalmente por comodismo. "Brasileiro deixa tudo para cima da hora", justificou. Ela disse que a sua TV é plana, mas ainda assim aparece o "A", o que significa que ela não é digital. Apesar de ainda não ter migrado, Viviane nos contou que precisa fazer isso o mais rápido possível, especialmente pelo Marcos, que adora televisão. "Sempre que posso, assisto com ele a jornais, ao programa da Ana Maria Braga, a desenhos animados, ao futebol (Marcos é flamenguista). Em casa ele leva o tempo todo assistindo, quando chega da escola, só assiste. Ele não pode ficar sem TV", enfatiza.

Mesmo sem poder se comunicar com palavras, Marcos ficava  eufórico
cada vez que a mãe falava dos seus programas de TV prediletos.

Davi Cabral de Sousa, de 18 anos, também já é digital e gosta muito de ver TV, principalmente para acompanhar o Chaves, desenhos animados, filmes e novelas. "Quando estou em casa, fico muito tempo vendo TV." Davi posou para a foto abaixo com a professora da Associação Pestallozi Maria Helena Sousa. A professora, diferentemente do aluno, além de não ter TV digital, está com o seu aparelho de TV quebrado, mas pretende mandar ajeitá-lo o mais breve possível e comprar um conversor.   
Davi e a professora Maria Helena convidam os rio-verdenses a serem digitais.
Na foto: Sandra Marlene (Colégio Bom Pastor) ao lado de
Alvanir Vilela Jr. (Sindicato Rural) e  Edney Arakaki (empresário).
À tarde, passei pelo Posto de Recebimento (PDR) Parque de Exposições para acompanhar um pouco o primeiro dia de entrega dos kits conversores às famílias beneficiárias do Bolsa Família que fizeram o agendamento para a retirada dos aparelhos. Lá conversei com Elza Dias de Sousa, dona de casa do bairro Vila Mutirão, que demonstrou estar muito feliz por ganhar o conversor, pois as suas condições financeiras a impediriam de comprá-lo. "Eu não ia dar conta de comprar uma TV digital. Em casa eu passo muita necessidade, eu já tenho muito problema. Se fosse para eu comprar, eu não ia mais ter televisão em casa, e eu gosto da minha novelinha", enfatizou. Segundo dona Elza, o salário mínimo que ganha só consegue cobrir as despesas de água, impostos, energia e gás. Apesar das suas condições, ela disse que sofreria sem TV, pois descansa vendo o veículo de comunicação: "Eu não consigo me imaginar sem ver TV, meu forte é chegar em casa, pôr as perninhas para descansar e ficar na frente da TV", revelou. Sobre o treinamento recebido no PDR para montar a antena e sintonizar a TV, ela disse que, apesar de ser fácil, não conseguiria fazer tudo isso sozinha. "Estudei muito não, e nem enxergo muito bem. Ele mostrou lá, mas não consigo instalar a antena. Eu ainda vou ver como fazer porque para pagar eu não tenho não, vou tentar chamar algum amigo para me ajudar". 

Kit conversor: a garantia de que dona Elza não vai ficar sem ver TV.
"Eu não ia dar conta de comprar uma TV digital."
Dona Elza é atendida em um dos guichês do PDR Parque de Exposições.

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