quarta-feira, 21 de outubro de 2015

EAD visita alunos do projeto "Ginástica Laboral para a Terceira Idade" do CRAS Dom Miguel - Histórias de Rio Verde

Idosos tiraram dúvidas sobre migração para a TV digital

Nesta manhã visitamos o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Dom Miguel, durante as atividades do projeto "Ginástica Laboral para a Terceira Idade". Ao final, aproveitamos para fazer uma roda de conversa com os 35 idosos que participavam do projeto. 

Mais da metade dos idosos disseram ter parabólica ou recepção terrestre já adaptada para o digital. Aqueles que ainda não migraram cerca de 30%    alegaram pouca condição financeira para isso. Já duas idosas contaram que não assistem TV porque os seus aparelhos estão quebrados. Outras duas disseram que, mesmo gostando muito de televisão, estão conformadas em ficar sem ver TV, pois o salário que recebem é destinado à alimentação da família e à compra de medicamentos, e não sobra para comprar um conversor. Porém, quase todos os participantes do "Ginástica Laboral para a Terceira Idade" afirmaram gostar muito de televisão, tanto porque o veículo traz informação, quanto porque acaba sendo uma companhia em casa

                                                                   Idosos nos receberam no Cras Dom Miguel
A dona Mafalda Oliveira disse que a filha, Angélica Oliveira, é uma pessoa com deficiência e que, quando está em casa, assiste TV o tempo todo. "Ela está contando os minutos para que que a gente compre uma TV digital. Ela diz: Olha, mãe, o tempo está acabando, nós precisamos comprar uma televisão bem grande", emocionou-se. Dona Mafalda e o marido, Josino Oliveira, apesar de ainda não terem mudado para a TV digital, por motivos financeiros, pretendem migrar quando estiver mais perto o desligamento. "O que a gente ganha é muito pouco, eu sou cego e a minha filha teve encefalite aguda quando bebê, então gastamos muito com remédios", justificou seu Josino.

Dona Mafalda e seu Josino disseram que pretendem
 migrar para a TV digital um pouco antes do desligamento.
Idosos escutaram a nossa mensagem sobre a TV digital e...
... agradeceram a visita da EAD e a nossa tentativa de aproximação com a comunidade.
                                 Alunas do curso de bordado do Cras já são plenamente digitais. 
 
No Cras também conversamos com a estagiária Regiane Vieira, que nos contou um pouco da sua experiência cotidiana de trabalho quando o tema é TV digital. Regiane recebe com muita frequência pessoas participantes de outros programas sociais  além do Bolsa Família, que vão até o Cras pedir um conversor, pois dizem que, apesar de não terem condições de comprá-lo, não querem ficar sem ver TV. "Elas veem aqui várias vezes por semana pedindo para a gente ajudar, e perguntam o que podemos fazer. Muitas são desempregadas, vivem de pouca renda, e saem daqui quase chorando", contou. "Quanto mais se aproxima o dia do desligamento, mais elas veem aqui. Elas nos contam que nem eles podem ficar sem ver os programas favoritos, nem os filhos pequenos sem os desenhos animados. A TV é o único lazer que essas pessoas têm, pela condição de vida, porque a maioria das formas de lazer que temos em Rio Verde são privadas", finalizou. 

Regiane, do Cras Dom Miguel, a partir de agora, também será nossa multiplicadora.

Próximas ações da Coordenação de Mobilização Local


À tarde, participamos de uma reunião com o professor Fábio Ferreira, parceiro da Coordenação de Mobilização Local, para organizar as ações que serão desenvolvidas nas próximas semanas período que antecede o desligamento do sinal analógico de TV com os alunos da Faculdade Objetivo que são voluntários da EAD.

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