domingo, 8 de maio de 2016

Rumo a uma parceria sustentável: presidente da EAD visita ONG Programando o Futuro – Histórias do DF e entorno


Estagiários da ONG Programando o Futuro aprendem desde cedo 
como reaproveitar e como dar a correta destinação ao lixo eletrônico.

No último dia 14 de abril, o presidente da EAD, Antônio Carlos Martelletto, foi à cidade de Valparaíso de Goiás visitar a ONG Programando o Futuro, para conhecer as suas instalações e projetos e identificar in loco possibilidades de parceria, visto que, com o desligamento do sinal analógico de TV, a tendência é que aumente a quantidade de aparelhos analógicos descartados, muitas vezes de forma incorreta, e esta tem sido uma grande preocupação da EAD, que é a entidade responsável por operacionalizar o processo de desligamento do sinal analógico no Brasil. 

Na ocasião, Martelletto conheceu a Estação de Metarreciclagem, projeto da organização que oferece capacitação técnica em informática a jovens e adultos, recupera computadores e equipamentos de informática, que são distribuídos para mais de 900 estações digitais espalhadas pelo Brasil, recicla equipamentos e dá a correta destinação ao lixo eletrônico.

Vilmar Simion (blusa rosa), coordenador da ONG, apresenta o
Laboratório de Metarreciclagem  ao presidente da EAD.

A Programando o Futuro tem como missão incentivar o uso apropriado das tecnologias da informação e comunicação, com foco no desenvolvimento regional sustentável. Seus projetos estão focados em quatro eixos: inclusão digital para o desenvolvimento local, qualificação para o mundo do trabalho, fortalecimento das redes e tecnologias de apoio à sociedade civil e reaplicação e estímulo à utilização de tecnologias sociais e conhecimentos livres.

Vilmar fala sobre recuperação e doação de computadores
a estações do País que atuam em prol da inclusão digital.  
Os computadores distribuídos levam consigo o selo
acima, que contém o nome do aluno que o recuperou.
Placas de computadores e TV são desmontadas e destinadas à reciclagem.
A ONG recebe diferentes tipos de resíduos, que são separados,
desmontados,  reaproveitados ou encaminhados para o destino correto.
A entidade possui, atualmente, 35 pontos de coleta espalhados pelo DF e entorno, além disso recebe lixo eletrônico (equipamentos ou resíduos eletroeletrônicos) diretamente das mãos de empresas e órgãos públicos. Após serem recebidos e catalogados, os equipamentos são desmontados e separados por tipo de resíduo. Segundo Vilmar Simion, existem cerca de dezessete tipos de resíduos, dentre eles: placas de circuito impresso, plástico, ferro, alumínio e cobre. 

A ONG também possui um laboratório de robótica. Na foto, tem-se uma impressora 3D, construída
 por colaboradores para produzir peças que faltam em equipamentos recuperados para reuso.
Alguns objetos construídos pela impressora 3D,
que são exibidos em oficinas do projeto. 
Martelletto conheceu laboratório de robótica... 
... E testou óculos de realidade virtual construídos com lixo eletrônico.
Vilmar nos mostra resíduos triturados.
Colaboradores da ONG transformaram em fliperama um
terminal de autoatendimento, de um banco, para retirada de senha.
Modelo de caixa de coleta da ONG Programando o Futuro.  
Classificação de equipamentos eletrônicos por linhas.  

Sobre a correta destinação dos aparelhos de TV


Martelletto, em visita à ONG Programando o Futuro, pôde conhecer um pouco mais sobre os riscos causados pelo descarte equivocado dos aparelhos de televisão. Segundo Adalberto do Vale, supervisor técnico da Estação de Metarreciclagem, o tubo de raios catódicos é composto por metais pesados, como chumbo e mercúrio, extremamente tóxicos para a natureza. Se descartados e desmontados de forma errada, causam grande contaminação ao solo e aos rios. Por isso, o tubo precisa ser destruído por empresas especializadas, que utilizam técnicas adequadas para descontaminação do vidro da TV, que após triturado é aproveitado na fabricação de pisos, cerâmicas, azulejos e tintas para demarcações de asfalto.

A ONG recebe, em seus pontos de coleta, centenas de aparelhos de TV, por ano.
Tubo de raios catódicos, da TV ou computador, se destruído sem os devidos
cuidados (como demonstrado na foto), pode causar grandes danos à natureza.
 
No vídeo acima, Adalberto do Vale descreve, detalhadamente, quais são os materiais 
existentes em um aparelho de TV e explica sobre os riscos de contaminação trazidos por eles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário