segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

A nossa missão chega ao Distrito Federal e entorno: novas histórias começam a ser escritas

DF e entorno: rumo à era da TV plenamente digital


Chegamos à Capital Federal para realizar os trabalhos da Coordenação de Mobilização Local da EAD. Chegamos ao lugar onde se vê o maior e mais belo conjunto arquitetônico brasileiro da modernidade, que traz a beleza das formas alinhadas ao tempo, espaço e meio ambiente. De modo que, por entre as formas de Brasília e o seu corpus, percebe-se um encontro místico entre a eloquência e o silêncio, a simetria e a assimetria, o poder e a simplicidade, a leveza e a grandiosidade de suas construções. Mas aqui as contradições também têm formas. Como bem diz a letra da música "Cidadão", de Zé Geraldo, imagino que, ao menos uma vez por dia, um trabalhador "anônimo" olha para a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida e diz: "Tá vendo aquela igreja, moço? Onde o padre diz amém. Pus o sino e o badalo. Enchi minha mão de calo. Lá eu trabalhei também". São formas disformes, longe da nave principal, que contornam a ave com as suas asas abertas, outrora denominada Plano Piloto. Sendo que a nave-mãe está rodeada por uma constelação de filhos que trabalham arduamente, que vivem com o que a vida lhes permite, que construíram, constroem e mantêm esta cidade, mas, por um processo de "seleção natural", estão aglutinados às margens da "beleza e da sua aura". 

Logo que cheguei em Brasília, fiz uma ligação para saudar a minha família, que está no Piauí. Ao conversar com o meu avô, que por trinta anos foi caminhoneiro, para a minha grande surpresa, descobri que  as suas mãos também ajudaram a erguer esta cidade. Durante a obra, ele trabalhou por um ano carregando materiais de construção e descansou nos dormitórios improvisados, como tantos "candangos" que construíram o nosso centro político. Meu orgulho por ele só aumentou e, por consequência, eu me senti, também, parte de Brasília. 

Estamos começando mais uma missão, desta vez imensamente maior, que vai contemplar Brasília, as regiões administrativas do Distrito Federal e cidades do entorno (Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, Planaltina de Goiás, Novo Gama, Luziânia, Cristalina, Formosa, Valparaíso de Goiás e Cidade Ocidental). Por isso, precisamos multiplicar as nossas forças, envolver cada vez mais atores sociais em nosso projeto, mobilizar a população para chegar até às pessoas que mais precisam de apoio, atenção e esclarecimento. 

Sou como um marinheiro – por enquanto, um "marinheiro só" –, mas ainda aprendendo a nadar, que aportou em mais um pedaço do Brasil com uma grande missão: ajudar a população no processo de migração para o sinal digital. Sou um marinheiro que navega por um cerrado que virou mar, mar cujos frutos e o balanço de suas águas determinam os próximos passos do Brasil. Assim como meu avô, venho trazer a minha parcela de contribuição para este lugar, sendo que, desta vez, o foco será a constelação, os menos favorecidos, aqueles que dependem da televisão como instrumento de acesso à informação e ao entretenimento.  

A nossa história começa a ser escrita no Distrito Federal e entorno, e você está convidado a colaborar conosco e fazer parte dela, a ser, juntamente comigo, um marinheiro, a ser um multiplicador da Coordenação de Mobilização Local.

 E que venham os novos desafios, os novos parceiros, os novos voluntários, as novas criações, as novas experiências... 

Vamos nos multiplicar para não deixar ninguém para trás! 

Um comentário: