Estagiários da ONG Programando o Futuro aprendem desde cedo como reaproveitar e como dar a correta destinação ao lixo eletrônico. |
No último dia 14 de abril, o presidente da EAD, Antônio Carlos Martelletto, foi à cidade de Valparaíso de Goiás visitar a ONG Programando o Futuro, para conhecer as suas instalações e projetos e identificar in loco possibilidades de parceria, visto que, com o desligamento do sinal analógico de TV, a tendência é que aumente a quantidade de aparelhos analógicos descartados, muitas vezes de forma incorreta, e esta tem sido uma grande preocupação da EAD, que é a entidade responsável por operacionalizar o processo de desligamento do sinal analógico no Brasil.
Na ocasião, Martelletto conheceu a Estação de Metarreciclagem, projeto da organização que oferece capacitação técnica em informática a jovens e adultos, recupera computadores e equipamentos de informática, que são distribuídos para mais de 900 estações digitais espalhadas pelo Brasil, recicla equipamentos e dá a correta destinação ao lixo eletrônico.
Vilmar Simion (blusa rosa), coordenador da ONG, apresenta o Laboratório de Metarreciclagem ao presidente da EAD. |
A Programando o Futuro tem como missão incentivar o uso apropriado das tecnologias da informação e comunicação, com foco no desenvolvimento regional sustentável. Seus projetos estão focados em quatro eixos: inclusão digital para o desenvolvimento local, qualificação para o mundo do trabalho, fortalecimento das redes e tecnologias de apoio à sociedade civil e reaplicação e estímulo à utilização de tecnologias sociais e conhecimentos livres.
Vilmar fala sobre recuperação e doação de computadores a estações do País que atuam em prol da inclusão digital. |
Os computadores distribuídos levam consigo o selo acima, que contém o nome do aluno que o recuperou. |
Placas de computadores e TV são desmontadas e destinadas à reciclagem. |
A ONG recebe diferentes tipos de resíduos, que são separados, desmontados, reaproveitados ou encaminhados para o destino correto. |
A entidade possui, atualmente, 35 pontos de coleta espalhados pelo DF e entorno, além disso recebe lixo eletrônico (equipamentos ou resíduos eletroeletrônicos) diretamente das mãos de empresas e órgãos públicos. Após serem recebidos e catalogados, os equipamentos são desmontados e separados por tipo de resíduo. Segundo Vilmar Simion, existem cerca de dezessete tipos de resíduos, dentre eles: placas de circuito impresso, plástico, ferro, alumínio e cobre.
A ONG também possui um laboratório de robótica. Na foto, tem-se uma impressora 3D, construída por colaboradores para produzir peças que faltam em equipamentos recuperados para reuso. |
Alguns objetos construídos pela impressora 3D, que são exibidos em oficinas do projeto. |
Martelletto conheceu laboratório de robótica... |
... E testou óculos de realidade virtual construídos com lixo eletrônico. |
Vilmar nos mostra resíduos triturados. |
Colaboradores da ONG transformaram em fliperama um terminal de autoatendimento, de um banco, para retirada de senha. |
Modelo de caixa de coleta da ONG Programando o Futuro. |
Classificação de equipamentos eletrônicos por linhas. |
Sobre a correta destinação dos aparelhos de TV
Martelletto, em visita à ONG Programando o Futuro, pôde conhecer um pouco mais sobre os riscos causados pelo descarte equivocado dos aparelhos de televisão. Segundo Adalberto do Vale, supervisor técnico da Estação de Metarreciclagem, o tubo de raios catódicos é composto por metais pesados, como chumbo e mercúrio, extremamente tóxicos para a natureza. Se descartados e desmontados de forma errada, causam grande contaminação ao solo e aos rios. Por isso, o tubo precisa ser destruído por empresas especializadas, que utilizam técnicas adequadas para descontaminação do vidro da TV, que após triturado é aproveitado na fabricação de pisos, cerâmicas, azulejos e tintas para demarcações de asfalto.
A ONG recebe, em seus pontos de coleta, centenas de aparelhos de TV, por ano. |
Tubo de raios catódicos, da TV ou computador, se destruído sem os devidos cuidados (como demonstrado na foto), pode causar grandes danos à natureza. |
No vídeo acima, Adalberto do Vale descreve, detalhadamente, quais são os materiais
existentes em um aparelho de TV e explica sobre os riscos de contaminação trazidos por eles.
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